terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cegueira

Já era de costume andar na rua e não reconhecer todos os rostos, melhor, nenhum rosto.
Mesmo que tenha sonhado com um era borrão, não uma face.
Olho para a qual fico parada, também não era uma face.
Não reconheço os conhecidos
Olho para o espelho; olhos, boca, nariz, sobrancelha,... Um grande borrão
Não me reconheço
Ecoa tão estranho; desconhecido
Não há medo, somente anonimato.
Não lembro dos sorrisos com gosto
Nem dos olhares profundos
Todos perderam expressões
... Tão curioso

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