Nada como começar algo com muito exagero!
- Tamanha crueldade no estado que tu deixaste esse pobre sujeito!
-Eu sei que fui eloquente e equivocada. Mas meu porto sem brisa, sem pássaro, principalmente, sem um flutuante não é, deveras, um porto!
- És tu desumana?
És tu impiedosa?
Qual é tua índole?
Qual circunstância te permite cometer esse ato?
-Perdoa-me... Estava perdida nas sombras. Nada vi, nada ouvi, apenas... Segui o rumo do pecado.
- Perdoar-te-ei se me provas que podes andar sob a luz. Nada imediato será.
-Mas fui dominada pelo chamado sentimento.
Compreendes-me?
Culpa, em parte, não tive.
- Culpas partem de ti como se não fizesses de teu corpo uma moradia. Acusas sentimentos por teus atos sem levar em consideração que és responsável por teu coração.
- Meu coração bate como o teu: forte, ardente, ansiando por amores. Não me julgues.
- És cruel como uma rosa cujas pétalas vermelhas fazem da dama frágil, mas que faz brotar lágrimas de sangue do coração de cada amante amargurado com seus espinhos!
[Com Parceria: Cris.]